sábado, 27 de novembro de 2010

libertando

Foi naquele dia de chuva, em que nada parecia vingar, que me libertei.
Lá entre as árvores e flores molhadas, o sol teve que nos espiar e enriquecer aquele momento.
Tudo tão esperado, mas não planejado.

Ou alguém de nós dois planejou esse amor?
Não, mas ele surgiu um pouco antes de eu perceber e m-u-i-t-o antes de tu perceber.

A propósito, você demorou muito, mas graças ao meu impertinente coração, estamos aqui.
Por pouco, não foi tarde demais.
A pergunta que não paro de me fazer desde aquele primeiro instante, é:
Isso é mesmo realidade?

Assemelha-se a um daqueles contos de fadas em que, no final, eles vivem felizes para sempre.
Parece tolice se iludir com meras histórias infantis, mas as vezes é necessário fantasiar uma história sem defeitos.
Tudo parece ter se resolvido.
Minha boca acompanha meus olhos a sorrirem quando te vejo, meu coração irradia de felicidade. Quem diria que aquela agonia e incessante vontade de ter coragem de te falar tudo, se transformou em uma tranquilizante sensação de felicidade?
Minha mente está sempre leve e viajante.
Agora é só tu me abraçar que eu te repito, todas as vezes, o quão é bom e aliviate o mesmo.
É só tu me surpreender com suas calorosas mãos encostando nas minhas para eu soltar gargalhadas, mas não por achar engraçado, apenas por ter uma vontade imensa de rir.
Me olhar profundamente e logo desviar, de tanta vergonha.
É só tu me beijar para, enfim, eu fechar os olhos e me libertar, quantas vezes se fizerem possíveis.
Meus pais esqueceram de me ensinar uma coisa muito importante. Hoje faz falta, mas provavelmente eles também não aprenderam a explicar sentimento.
Seria bom saber.
Mas, só sei que o amor está no ar, na voz, nos gestos.

O amor está no olho, na cabeça e no coração.
E nós viveremos felizes.


Por: Martina Kny

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